quinta-feira, 24 de março de 2011

A FEBRE TRESPASSADA

Semeando uma frustração,
Deveras compreendida,
Pela súbita ambição,
De cortar a respiração,
A uma inútil e triste vida.

Retocar uma nobre alma,
Com tamanha seriedade.
Saborear o veneno,
De uma estranha realidade,
Que se espalha num clima ameno.

Alimentando a insegurança,
Num momento inadequado,
Proveniente de um conflito
Sublime e inacabado.
A ausência de esperança.

3 comentários:

  1. Eu caracterizo-me totalmente com este. Este, é sem dúvida alguma, uma parte de mim. Fico contente por saber que há alguém como eu.
    Uma coisa que gostei especialmente neste poema foi o seu mistério. Tu referes inúmeras coisas, mas no fim, fico com a sensação de que ficou algo por dizer, como se tu tivesses perdido algo mais que a esperança, algo de mais precioso. É estranho, mas simultaneamente, de uma agradável sensação.

    ResponderEliminar
  2. Confesso que este poema até foi escrito num dia em que eu estava de muito bom humor mas aprovetei esse mesmo bom humor para arrancar uma dor que fazia parte do meu passado e depois inseri-a na poesia claro.

    ResponderEliminar
  3. Uau, ninguém diria que estavas de bom humor porque a dor e a perda estão presentes em cada verso. Pelo que percebi, tu aproveitas-te essa boa disposição para te libertares. Isso é óptimo, e quem me dera conseguir fazê-lo também.

    ResponderEliminar