sábado, 29 de setembro de 2012

TEMPLO INFERNAL

Semeando os negros rastos,
De uma rara assombração,
Ressuscita o nobre templo,
Que de longe fortalecido,
Ergue a sua imensidão.

Consagrando os seus fiéis,
No tremendo solo ardente,
Extermina os seguidores,
De uma luz incongruente.

O seu povo adormecido,
No cemitério dos prazeres,
Representa a voz sagrada,
De uma morte ensurdecedora,
Loucamente descontrolada!

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

PESTE NEGRA

Numa ilustre noite eterna,
Concentrada de maus odores,
Surge o vírus enfurecido,
Demonstrando aos demais,
Os seus múltiplos horrores.

Sua estranha existência,
Fortemente integrada,
Constitui o negro fardo,
De uma vida arruinada.

A desgraça que se espalha,
Numa fraca sociedade
Alimenta o seu carácter,
Que na via da emoção,
Ergue a pura crueldade!

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

DEUSA PAGÃ

Sobre as margens orientais,
Que despertam fervorosamente,
Uma luz se movimenta,
Na ânsia de encontrar,
O seu astro reluzente.

Reestrutura os ideais,
Denominando o seu meio,
Como névoa ressequida,
No mais vasto rodeio.

Os olhares enriquecidos,
No seu templo majestoso,
São a fonte de inspiração,
De um ciclo vicioso.

Eis a pura beleza,
De uma ninfa desejada,
Que na força da natureza,
Acolherá o seu amor,
Sentindo-se afortunada!