sábado, 7 de maio de 2011

SONHOS TRAÍDOS

Repousando no meu leito,
Banhado em lágrimas puras,
Tombado na desilusão,
Represento a voz do meu ser,
Apelando aos mais vastos acontecimentos,
Que manifestam esta fúria de viver.

Oh, que inútil seriedade!

De que vale saber amar,
se não somos deveras amados?
De que vale possuir a força de acreditar,
se permanecemos em queda?
Que destino estará reservado a uma vida,
rodeada de tamanha incompreensão?

O caminho direccionado para a bondade,
Constituirá uma inevitável ingratidão.

Esquecendo o que outrora fui
E recordando o que actualmente sou,
Pressinto as portas do abismo
Sombrearem a minha frustração,
Não deixando de relembrar o teu sorriso,
Que permanecerá eternamente no meu coração.